Preparados para finalmente saber o que achei do livro O Náufrago da Silvia M. Kaercher? Então vamos para esta resenha que já venho alimentando vocês com vários dias, pois realmente é uma das que mais queria fazer, pois se preparem que vem muita coisa nova para vocês saberem.

Em O Náufrago vamos conhecer primeiramente na perspectiva de Sebástian Dias, um espanhol que após o náufrago de seu barco vai parar em um praia totalmente desconhecida e que por lá vai encontrar uma índia chamada Aiyra que o salvará do lugar.

No entanto, os problemas de comunicação são impressionantes e ele apenas sabe algumas palavras devido a ter ficado em uma outra tribo por algum tempo. Sendo assim, sabe falar o básico e tenta se comunicar com esta índia usando formas mais parecendo uma criança falando.

Ao mesmo tempo vamos conhecer na perspectiva de Aiyra o que ela pensa sobre tal homem, que aparentemente é muito estranho e peludo. Isso mesmo, é aí que dois outros índios vão aparecer e ela terá que o defender dos mesmos para conseguir levá-lo a sua tribo.

Com isso, vamos ter várias conversas e Aiyra vai explicar ao pagé que foi a deusa da Lua (Jasy) que o enviou a ela, para que assim ela pudesse cuidar e aparentemente se apaixonar. Os dois então vão começar a lutar contra os preconceitos da tribo e também do pretendente de Aiyra para ficarem juntos.

Será que isso vai dar certo? Isso deixo com vocês para lerem este livro e descobrirem o que mais pode acontecer.

Minha Opinião

Vou ser bem sincera com vocês, pois acredito que poucas pessoas devem conhecer esta história que se passa de uma lenda do Rio Grande do Sul. Ele para mim até então desconhecida ficou muito bem construída, já que você vai juntar pontos históricos e relatos da própria história dentro da lenda.

Eu amei os personagens e confesso que essa questão dos deuses são muito peculiares aos índios o que fazem ser tão incríveis suas histórias. A Aiyra é uma personagem forte e que tem muita força para lidar com toda sua tribo, já que apenas os homens costumam ser fortes.

Outro ponto que me fez gostar ainda mais dela foi ela ser tão feminista mesmo em um tempo que não era possível isto, no entanto ainda sim precisa respeitar o pajé. Ao mesmo tempo vamos ver que Sebástian tem seus próprios costumes e muito dificilmente os deixa de lado.

Impressionando os índios com suas cantorias e músicas ele consegue nos fazer ver como uma pessoa tranquila e bem intencionada, mas o que mais me chamou a atenção é que mesmo querendo continuar com Aiyra ele consegue ver ainda um lado bem financeiro naquele lugar que era a busca por ouro.

Vamos também nos aproximar bastante de outros personagens no caso o pajé e um dos tios de Aiyra, além de uma outra índia que vai ser a precursora de todas as discórdias daquela tribo, isso mesmo você terá uma vilã no meio junto com o vilão que é o pretendente de Aiyra.

A escrita como sempre é bem construída e vamos nos prendendo a todos os momentos, temos vários momentos emocionantes que a Silvia conseguiu trazer e juntamente toda uma questão de aprendizado de idiomas, que eu achei demais.

O livro levou cinco estrelas e com certeza para quem ama um romance com várias reviravoltas vai adorar esta lenda. E você leria este livro? Comente ai!